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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Há 35 anos... Entronização de João Paulo II


Há 35 anos todo o orbe cristão via subir ao Sólio Petrino um jovem cardeal polonês: 
Karol Józef Wojtyła, Arcebispo de Cracóvia na longínqua Polônia.

I.              O Conclave

33 dias após a eleição de Albino Luciani, como João Paulo I, os senhores cardeais eleitores retornam a Roma, a cidade eterna, com a finalidade de eleger um novo sucessor de São Pedro, após a inesperada morte do jovem papa sorriso.

O segundo conclave do ano de 1978 inicia-se em 14 de outubro. A imprensa noticia como “papaibili” o conservador Arcebispo de Gênova,  Cardeal Giuseppe Siri e o reformador Arcebispo de Florença, Cardeal Giovanni Benelli.

Três dias após o “extra-omnes” estava eleito o sucessor do Papa Luciani. Contrariando todas as previsões mediáticas fora eleito com 99, dos 111 votos, o Cardeal Wojtyla, de apenas 58 anos.

Conta-se que quando interrogado sobre sua aceitação a eleição canônica da qual participara, ele respondeu: 

"Com obediência na fé em Cristo, meu Senhor, e com confiança na Mãe de Cristo e da Igreja, apesar das grandes dificuldades, eu aceito”.

 II.            O Urbe et Orbe

No tradicional anúncio “Habemus papam”, feito pelo cardeal Pericle Felici, houve uma grande surpresa. A ação do Divino Paráclito havia suscitado um homem até então desconhecido do mundo, porém, um pastor verdadeiramente moldado ao Coração do Senhor.


Annuntio vobis gaudium magnum: 

Habemus Papam!

Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum 
Dominum Carolum 
Sanctæ Romanæ Ecclesiæ Cardinalem Wojtyla 
Qui sibi nomen imposuit 
Ioannis Pauli 


Já na primeira saudação, do balcão da Basílica de São Pedro, o novo Papa quebrou protocolos. Contrariando a tradição de seus antecessores, ele dirigiu algumas palavras aos presentes à praça:

Queridos irmãos e irmãs, todos estamos ainda tristes com a morte do querido papa João Paulo I. E agora os eminentíssimos Cardeais chamaram um novo Bispo de Roma. Chamaram-no de um país distante… Distante, mas sempre muito próximo pela comunhão na fé e na tradição cristã. Tive medo ao receber esta nomeação, mas o fiz com espírito de obediência a Nosso Senhor e com a confiança total na sua Mãe, a Virgem Santíssima. Não sei se posso expressar-me bem na vossa... na nossa língua italiana. 
Se eu cometer um erro, por favor ‘corrijam”.

Roma tem um no Bispo, a Igreja de Cristo possuí um novo pastor, que guiará o timão da barca de Pedro pelas sendas deste mundo, rumo ao céus.

III.           A entronização

A missa inaugural de seu pontificado, outrora chamada coroação, foi aguardada com ansiedade. Sabia-se que nela se haveria de ditar os tons do novo papado. João Paulo é jovial, simpático e cativador, homem das massas, capaz de mover multidões.


Durante o Santo Sacrifício da Missa ele mostrou-se piedoso, e em plena comunhão com o magistério da Igreja, e o seu legado litúrgico. Durante a homilia, o novo Servo dos Servos de Deus sentou-se e proferiu suas palavras com voz forte, que tomou não apenas as ruas e vielas da velha Roma, mas, todo o mundo.

João Paulo não foi omisso as chagas do mundo contemporâneo.  Durante seu longo pronunciamento falou sobre a missão do ministério petrino, sobre a dignidade do homem e denunciou vivamente os erros do comunismo. Disse com voz forte, que bradou os corações de todo o mundo: “Abri as portas a Cristo”!


“Não tenhais medo de acolher Cristo e de aceitar o Seu poder! E ajudai o Papa e todos aqueles que querem servir a Cristo e, com o poder de Cristo, servir o homem e a humanidade inteira! Não, não tenhais medo! Antes, procurai abrir, melhor, escancarar as portas a Cristo! Ao Seu poder salvador abri os confins dos Estados, os sistemas econômicos assim como os políticos, os vastos campos de cultura, de civilização e de progresso! Não tenhais medo! Cristo sabe bem "o que é que está dentro do homem". Somente Ele o sabe!”




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