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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Novas ações contra o Cardeal Scherer na PUC-SP


Uma nova e ridícula ação dos alunos da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo contra seu Chanceler, o Cardeal Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer foi registrada no final da tarde de ontem. 



Os alunos da referida universidade católica entre urros animalescos gritavam:  “O senhor também não pode querer ter tudo. Muito menos a PUC”. É uma clara alusão a nomeação da nova Reitora da Universidade homologada e promovida pelo Sr. Cardeal, no pleno exercício de seu múnus de Pastor e Chanceler.

Queridos estudantes da PUC-SP, não querem uma Universidade Católica: tudo bem! 
É seu direito! Então, rumem já pra Federal! 

A Universidade onde estão matriculados é PONTIFÍCIA E CATÓLICA. Fica a dica!

sábado, 24 de novembro de 2012

Novos Príncipes da Igreja

Por Seminarista Ânderson Barcelos Martins


Na manhã deste dia 24 de novembro aconteceu na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o quinto Consistório Público do papado de Bento XVI. 



Esta cerimônia -que durou pouco menos de uma hora- iniciou por volta das 11 horas (horário romano). Foi marcada pela universalidade e unidade da Igreja, manifesta nos novos cardeais e suas vestes, eles são oriundos da África, da Ásia, da América e ainda participam de três ritos diferentes: O Romano latino, o Maronita e o Siro-Malancar. 

Os aplausos, os sorrisos, e os gritos de júbilo ecoaram na milenar Basílica de São Pedro. Bento XVI expressava uma comovente alegria, e soube se manifestar um grande pai ao consolar o Cardeal Tagle que se emocionou ao receber o barrete cardinalício.




Bento XVI disse que "através deste Consistório, gostaria de destacar de um modo particular que a Igreja é a Igreja de todos os povos, e é expresso por diversas culturas, dos diferentes continentes. É a Igreja de Pentecostes, na polifonia de vozes, que começa a cantar a um Deus vivo e harmonioso”. "



Realizada a proclamação das leituras e da homilia, o Santo Padre recitou a fórmula de criação, e deste modo proclamou solenemente o nome dos seis cardeais, a fim de os unir com um vínculo mais estreito à Sé de São Pedro. 

Após a proclamação, teve lugar à profissão de fé e o juramento dos novos cardeais, que prometeram fidelidade e obediência –até a morte- ao Papa e seus sucessores, “agora e para sempre”.




Seguindo até a frente do Pontífice, junto ao altar da confissão, cada novo cardeal ajoelha-se, para receber o barrete cardinalício, que Bento XVI impõe “como sinal da dignidade do cardinalato”, significando que todos devem estar pronto a comportar-se “com fortaleza, até à efusão do sangue”, se necessário for.

Seguindo a entrega, a cada cardeal, de uma igreja de Roma (título ou diaconia) – que simboliza a “participação na solicitude pastoral do Papa” na Urbe romana. Ainda se impõe a bula de criação cardinalícia, momento que é selado pelo ósculo da paz, entre o Pontífice e os demais membros do Sacro Colégio Cardinalício.




Durante este dia de sábado, os novos cardeais recebem seus convidados e amigos para celebrar a elevação ao senado da Igreja. No próximo domingo, solenidade litúrgica de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, o Papa vai presidir à missa com os novos cardeais, a partir das 09h30, na Basílica de São Pedro, na qual oferece ainda um anel aos purpurados para que se “reforce o amor pela Igreja”.




Durante a homilia do Solene Consistório, Bento XVI pediu aos novos cardeais para serem “intrépidos servidores do Evangelho” e para contribuírem para o anúncio do “novo reino” de Deus, que “vence toda a fragmentação e dispersão”.

“Os novos cardeais, representando várias dioceses do mundo, estão agora adicionados modo especial à Igreja de Roma, e reforçar os laços espirituais unir toda a Igreja, animada por Cristo, intimamente reunidos em torno do Sucessor de Pedro”, Encerrou o Pontífice.

Neste consistório foram Criados os seguintes Cardeais:



Cardeal-Diácono James Michael Harvey


63 anos, norte americano 


Arcipreste da Basílica Papal de São Paulo, extra-muros.


Titular da Diaconia de Pio , na Villa Carpegna











Cardeal-Bispo Béchara Boutros Rai


72 anos, libanês 


Patriarca de Antioquia dos Maronitas 











Cardeal-Presbítero Baselios Cleemis Thottunkal


53 anos, indiano


Arcebispo-Maior de Trivandrum dos Siro-malakares





Titular de São Gregório VII , em Villa Aurélio


(Antigo título de Dom Eugênio de Araújo Salles)





Cardeal-Presbítero John Olorunfemi Onaiyekan
68 anos, nigeriano
Arcebispo Metropolitano de Abuja
Titular de São Saturnino



Cardeal-Presbítero Luís Antonio Tagle
55 anos, filipino
Arcebispo Metropolitano de Manila 
Titular de São Felix de Cantalice a Centocelle


Cardeal-Presbítero Rubén Salazar Goméz
70 anos, colombiano
Arcebispo Metropolitano de Bogotá
Titular de São Geraldo Magella



Rezemos pelos novos Purpurados!

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Estátua do Beato João Paulo II é reinaugurada em Roma

Por Seminarista Ânderson Barcelos Martins

Na última segunda-feira, 19 de novembro, foi reinaugurada na Cidade Eterna uma estátua em homenagem ao Beato João Paulo II (1920-2005). 

A versão primeira da imagem foi exposta em maio de 2011, mas, tão logo foi levada ao público tornou-se alvo de polêmica. 
Muitos diziam que ela se parecia mais com o ditador fascista Benito Mussolini do que com o Papa polonês.








O artista Oliviero Rainaldi disse que estava satisfeito com o produto final da nova versão. Ele culpou os trabalhadores pelo fracasso da primeira estátua.

As revisões reveladas nesta semana mostram que o foco foi no rosto do papa: ele agora está sorrindo e tem pescoço e queixo mais definidos, o manto aberto e curvo agora revela um gesto de acolhida e proteção.








Mas, mesmo com pequenas mudanças, a estátua continua sendo alvo de polêmica e indignação. Muitos romanos alegam que ela continua a parecer com uma "geladeira". 

Outras ainda dizem que por se trata da tal "arte moderna" ela não será compreendida no seu tempo. 
Vai saber!?!?

Mosteiro de Olinda tem novo Abade


Por Seminarista Ânderson Barcelos Martins

Foi eleito nesta quarta-feira, 21 de novembro, o novo Abade do Mosteiro beneditino de Olinda: Dom João Evangelista Kovas, de 40 anos.



O abade eleito atualmente exerce a função de Prior do Mosteiro de São Bento, em São Paulo. Sua bênção abacial e posse canônica ainda não foram divulgadas. O mosteiro estava vacante há poucos dias, quando o então Abade Dom Filipe da Silva foi eleito para o governo abacial do Mosteiro do Rio de Janeiro.


Rezemos pelo novo Abade e sua Abadia!

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Faleceu o Bispo Emérito de São Gabriel da Cachoeira (AM)


Por Seminarista Ânderson Barcelos Martins

Está sendo velado na igreja Nossa Senhora Auxiliadora -o Liceu de Campinas (SP) - o corpo do Bispo Emérito de São Gabriel da Cachoeria, no Amazonas. 



Dom José Song Sui-Wan, SDB, nasceu em Shangai na China em 16 de maio de 1941 e estudou no Colégio dos Salesianos de Hong Kong em 1955-1959 e na Pontifícia Universidade Salesiana de Roma em 1968-1971. Foi ordenardo padre salesiano em São Paulo no dia 17 de julho de 1971. Foi consagrado bispo de São Gabriel da Cachoeira em 27 de abril de 2002, função que ocupou até até 4 de março de 2009.

Após a renuncia, por motivo de saúde, retornou à Inspetoria Salesiana de São Paulo e residiu em Araras. Agravando seu estado de saúde e necessitando de contínuo acompanhamento de enfermeiros, foi transferido para o Liceu Nossa Senhora Auxiliadora de Campinas. Além do Parkinson que o fazia sofrer muito e o deixou sempre mais debilitado, foi constatado um tumor na região do fígado. Em outubro foi internado para se preparar para a cirurgia. Foi operado, ficou na UTI do hospital por mais de uma semana, foi para o quarto do hospital e no dia seguinte teve que retornar à UTI. Ontem foi constatada uma infecção generalizada que o levou a óbito.

Dom Sui-Wan faleceu na tarde de hoje, dia 15 de novembro, em Campinas, aos 71 anos.

O corpo está velado desde às 6h 00 deste dia 16 de novembro, na Igreja Matriz Nossa Senhora Auxiliadora (Liceu), em Campinas. Serão celebradas Missa de Corpo Presente às 7h00 e a Missa Exequial às 11h00. O sepultamento, às 14h30, será no Jazigo dos Salesianos no Cemitério da Saudade em Campinas.



quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O Arcebispo que coroou Dom Pedro II

Dom Romualdo Antônio de Seixas

Dom Romualdo Antônio de Seixas nasceu em Cametá, em 1 de novembro de 1787. Foi o 16º Arcebispo da Bahia, conde e marquês de Santa Cruz.

Filho de Francisco Justiniano de Seixas e de Ângela de Sousa Bittencourt, e sobrinho de Dom Romualdo de Sousa Coelho, oitavo bispo do Pará. Finalizou os estudos eclesiásticos em Lisboa.

Com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, em 1808, o bispo do Pará, Dom Manuel enviou o Padre Manuel Evaristo de Brito Mendes e o diácono Romualdo de Seixas cumprimentar El Rei em nome do clero paraense. Manuel e Romualdo voltaram a Belém com a nomeação de cônegos da Sé Paraense e Cavaleiros da Real Ordem de Cristo.

Romualdo de Seixas foi ordenado presbítero em Belém, a 1 de novembro de 1810, por Dom Manuel de Almeida de Carvalho. Foi nomeado pároco de Cametá e posteriormente Vigário Capitular.

O cônego Romualdo de Seixas presidiu a Junta Governativa Provisória da província do Grão-Pará e Rio Negro de 1821 a 1822 e em 1823.

O Imperador do Brasil, D. Pedro I, por decreto de 12 de outubro de 1826 o nomeou 16º Arcebispo da Bahia. O Papa Leão XII confirma a nomeação a 30 de maio de 1827.

O Cônego Romualdo foi ordenado bispo a 28 de outubro de 1827, pelo Bispo Capelão-Mor Dom José Caetano da Silva Coutinho, bispo do Rio de Janeiro.

Recebeu o pálio arquiepiscopal a 4 de novembro de 1827. Em 31 de janeiro de 1828 tomou posse por procuração e fez sua entrada solene na catedral de Salvador a 26 de novembro de 1828.

Foi deputado pelo Pará e pela Bahia, tendo presidido a Câmara em 1828 e 1829. Recebeu de Pedro I o título de pregador da Capela Imperial e a grande dignitária da Imperial Ordem da Rosa e de Pedro II a grã-cruz da Imperial Ordem de Cristo.


Dom Romualdo Antônio de Seixas coroando Dom Pedro II, Imperador do Brasil

Em 1841 presidiu a solenidade de sagração de D. Pedro II, Imperador do Brasil, e dele recebeu a Grã-Cruz da Real Ordem de Cristo. Recebeu o título de Conde de Santa Cruz, por decreto imperial de 2 de dezembro de 1858. Em 14 de março de 1860 foi nomeado Marquês de Santa Cruz.

Foi sócio da Academia de Munique, do Instituto da África em Paris; do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Sociedade Real dos Antiquários do Norte e outras sociedades de ciências e letras.

Correspondeu-se com Martius e Spix após manter contato pessoal quando da viagem destes à Amazônia. Ao regressarem à Europa, os naturalistas lhe enviaram de lá o diploma de sócio da Real Academia das Ciências de Munique.

Faleceu em 29 de novembro de 1860, em Salvador.

 O Imperador Pedro II aos 12 anos de idade vestindo o uniforme imperial de gala, 1838

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Faleceu o Bispo Emérito de Jaboticabal (SP)

Por Seminarista Ânderson Barcelos Martins

O Bispo Diocesano de Jaboticabal, no Estado de São Paulo, Dom Antônio Fernando Brochini, CSS, com pesar comunica o falecimento de seu antecessor Dom Luiz Eugênio Peres. 

Dom Eugênio estava internado no hospital São Paulo, em Ribeirão Preto (SP). Segundo o bispo de Jaboticabal, dom Antonio Fernando Brochini, “neste momento de dor, mas também de confiança no Senhor, peço a oração de todos em favor de sua alma e também pelos seus familiares”.


Dom Peres nasceu a 5 de maio de 1928, em Orlândia, Estado de São Paulo. Filho de José Perez e Maria Vieira Perez. Aos 12 anos ingressou no Seminário Menor de Campinas e, em 1948, no Seminário Central do Ipiranga, São Paulo, onde cursou Filosofia e Teologia. Foi ordenado sacerdote em 8 de dezembro de 1954, pelo saudoso Dom Luiz do Amaral Mousinho, então Bispo de Ribeirão Preto; inicia seu trabalho como vigário cooperador na Catedral de Ribeirão Preto, onde permaneceu até 1956. Foi pároco de Cravinhos-SP, de 1957 até 1970.
Após servir como pároco foi nomeado Bispo de Jales, em 16 de março de 1970, pelo Papa Paulo VI, ordenado em 11 de junho do mesmo ano, pelo núncio apostólico Dom Humberto Mozzoni e pelos consagrantes Dom José Bernardo Mieli e Dom Jaime Luis Coelho. No dia 2 de julho do mesmo ano, tomou posse da Diocese de Jales, como segundo Bispo Diocesano, sucedendo Dom Arthur, ali permanecendo até o ano de 1981.
Sua transferência para Jaboticabal, como seu terceiro bispo diocesano, em sucessão ao Dom José Varani, foi em 29 de agosto de 1981. Suas principais realizações à frente da Diocese de Jaboticabal, dentre outras, foram: aquisição da Rádio Vida Nova, pertencente à Fundação Nossa Senhora do Carmo, que funciona como porta-voz da mensagem da Igreja Católica, no quarto andar do edifício da Sede Social Diocesana; a instalação do Seminário Propedêutico "Beato Frei Galvão"; a construção da Casa de Encontros "Nossa Senhora de Fátima" e Seminário Diocesano "Nossa Senhora do Carmo", como também a criação das Assembléias Diocesanas de Pastoral. O ponto alto de seu episcopado frente a Diocese de Jaboticabal foi a celebração do "Jubilaeum A. D. 2000".
Em 25 de junho de 2003, Sua Santidade o Papa João Paulo II aceitou o pedido de renúncia de Dom Luiz e nomeou Dom Antônio Fernando Brochini, CSS, até então seu Coadjutor, como o quarto Bispo Diocesano de Jaboticabal.


Requiem Aeternam dona eis, Domine,
et lux perpetua luceat eis.




Papa nomeia Bispo Auxiliar para Aparecida


 Por Seminarista Ânderson Barcelos Martins

O Santo Padre Bento XVI nomeou na manhã desta quarta-feira, 14 de novembro, o Pe.Darci José Nicioli,. CSsR Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Aparecida (SP), atendendo ao pedido de seu Arcebispo Metropolitano o Sr. Cardeal Dom Raimundo Damasceno Assim, que também exerce o cargo de Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).



Monsenhor Nicioli é mineiro, natural de Jacutinga e pertence à Congregação do Santíssimo Redentor – Missionários Redentoristas. Desde 2009 era o Superior e Reitor do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. 

Fez Teologia no Instituto Teológico São Paulo (SP) e mestrado em Teologia, no Pontifício Ateneo Santo Anselmo, em Roma. Tem ainda, licenciatura em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (SP).

O novo bispo auxiliar de Aparecida já desempenhou as funções de reitor do Instituto Filosófico Redentorista; professor de Teologia no Instituto Teológico São Paulo e na Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Foi ainda superior da Comunidade Religiosa de Campinas; Superior da Casa Geral dos Missionários Redentoristas, em Roma; Superior e Reitor do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida (2009-2012) e eleito vigário provincial da Província Redentorista de São Paulo desde 2010.

   

Cardeal Arcebispo de Aparecida, Dom Raimundo Damasceno Assis emitiu nota na qual acolhe seu Bispo Auxiliar, confira:

Atendendo ao nosso pedido, para satisfazer melhor as necessidades pastorais da Arquidiocese, o Santo Padre Bento XVI concedeu-nos, benignamente, um bispo auxiliar na pessoa do Revmo. padre Darci José Nicioli, CSsR, atual Reitor do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.
Como colaborador do bispo diocesano, o bispo auxiliar exerce o múnus episcopal como serviço a toda a diocese. É um irmão que colabora e caminha lado a lado com o bispo diocesano na missão de pastor, de servidor, a exemplo de Jesus, o Bom Pastor, que veio para servir e não para ser servido.
São mãos que se unem para a promoção do bem do Povo de Deus e da Igreja de Cristo. O bispo auxiliar é chamado a participar da solicitude do bispo diocesano e a desempenhar seu múnus em harmonia com ele em trabalho e espírito. Ele presta um serviço à Igreja presente no território da diocese, ao colocar-se ao lado do bispo diocesano, e ao trabalhar com ele em unidade, respeito e total comunhão. Cabe a ele exercer seu episcopado abraçando com amor e dedicação a caminhada e a vida da Igreja local. Como todo ofício e múnus exercido na Igreja de Cristo, o bispo auxiliar como sucessor dos Apóstolos, participa da missão salvífica confiada à Igreja pelo próprio Salvador.
Agradecemos, de coração, ao Sumo Pontífice pela acolhida ao nosso pedido. Ao padre Darci José Nicioli, que já exerceu a função de ecônomo do Santuário Nacional e hoje é seu Reitor, nossos cumprimentos pela sua disponibilidade a serviço do Reino e as nossas mais fraternas boas-vindas ao colégio episcopal, à CNBB, e à arquidiocese de Aparecida, como bispo auxiliar. O Espírito Santo o ilumine e o fortaleça no seu ministério episcopal e a Virgem da Conceição Aparecida, sob cujo manto inicia sua nova missão, o proteja sempre.


Aparecida, 14 de novembro de 2012.

+ Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida, SP
Presidente da CNBB

terça-feira, 13 de novembro de 2012

"É belo ser idoso", afirmou o Papa em visita a Asilo Romano


Por Seminarista Ânderson Barcelos Martins

Na manhã desta segunda-feira, 12 de novembro, o Santo Padre Bento XVI vistou a Casa-Família "Viva os Idosos", administrado pela Comunidade de Santo Egídio, em Roma. Ao chegar para a visita o papa saudou os hóspedes dizendo: “Venho como um idoso entre os idosos”. 

O Pontífice, de 85 anos, confessou que esporadicamente começou a fazer uso de uma bengala e que perdeu parte do vigor que tinha quando mais novo. No entanto, sua agenda segue sempre muito agitada, com encontros e atividades diárias, dentro e fora do Vaticano.
Bento XVI encorajou a todos a viver com alegria essa fase da vida: “Recebemos o dom de uma vida longa. Viver é belo também na nossa idade, apesar de alguma ‘doença’ ou de alguma limitação. Na nossa face há sempre a alegria de sentir-nos amados por Deus, nunca a tristeza”. E disse ainda, recordando as palavras ditas na missa inaugural de seu pontificado em abril de 2005: “Quando a vida se torna frágil, nos anos da velhice, não perde o seu valor e a sua dignidade: cada um de nós, em qualquer etapa da existência, é querido, é amado por Deus, cada um é importante e necessário”. 

O Papa encerrou seu discurso encorajando os idosos para que eles nunca desanimem, mesmo quando os dias parecem longos e vazios, sem muitas atividades. “Vocês são uma riqueza para a sociedade, também no sofrimento e na doença. E esta fase da vida é um dom também para aprofundar a relação com Deus”. 

Ele pediu que os idosos rezem pela Igreja, por ele, pelas necessidades do mundo, pelos pobres, pelo fim da violência. "A oração dos idosos pode proteger o mundo, ajudando-o, talvez, de modo mais incisivo que a labuta de muitos", afirmou o Pontífice. 

sábado, 10 de novembro de 2012

Papa cria Pontifícia Academia Latinitatis

LAVS DEO!


Por Seminarista Ânderson Barcelos Martins

Na manhã deste sábado, 10 de novembro, o Santo Padre Bento XVI promulgou um Motu Proprio, com o qual instituí a Pontifícia Acadêmia Latinista, ou de latinidade. 


No documento, o Papa afirma que é oportuno adotar métodos adequados às novas condições e promover uma rede de relações entre instituições acadêmicas e estudiosos, com o fim de valorizar o rico patrimônio da civilização latina.



No artigo segundo do documentos, vemos:
Objetivos da Academia são: 

a) promover o conhecimento e o estudo da língua latina e literatura, tanto clássica e patrística, medieval e humanista, especialmente em instituições educativas católicas em que ambos os seminaristas que os sacerdotes são treinados e educados , 
b) promover, em diversas áreas o uso do latim como língua falada e escrita. § 2. Para alcançar estes objetivos, a Academia tem como objetivos: a) tratar publicações, reuniões, conferências e estudo de representações artísticas, b) criar e apoiar cursos, seminários e outras iniciativas de formação em conexão com o Pontifício Instituto da Latinidade; c ) para educar as gerações mais jovens o conhecimento do latim, mesmo por meios modernos de comunicação, d) a organização de exposições, feiras e concursos; e) desenvolver outras atividades e iniciativas necessárias para atingir os objetivos institucionais.
No artigo segundo do documentos, vemos:
Objetivos da Academia são: 
a) promover o conhecimento e o estudo da língua latina e literatura, tanto clássica e patrística, medieval e humanista, especialmente em instituições educativas católicas em que ambos os seminaristas que os sacerdotes são treinados e educados , 
b) promover, em diversas áreas o uso do latim como língua falada e escrita. § 2. Para alcançar estes objetivos, a Academia tem como objetivos: a) tratar publicações, reuniões, conferências e estudo de representações artísticas, b) criar e apoiar cursos, seminários e outras iniciativas de formação em conexão com o Pontifício Instituto da Latinidade; c ) para educar as gerações mais jovens o conhecimento do latim, mesmo por meios modernos de comunicação, d) a organização de exposições, feiras e concursos; e) desenvolver outras atividades e iniciativas necessárias para atingir os objetivos institucionais.




Mosteiro de São Bento no Rio de Janeiro tem novo Abade


Por Seminarista Ânderson Barcelos Martins

O histórico e valoro mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro - fundado em 1590 – está em festa.  A Sagrada Congregação para os Institutos de vida consagrada e as sociedades de vida apostólica, através de seu Cardeal-Prefeito, o brasileiro Dom João Braz de Aviz, aceito a eleição de seu novo Abade, Dom Filipe da Silva, O.S.B.

O novo Abade, Dom Filipe da Silva

O monge Benedito, eleito para a função de 87° abade na Abadia de Nossa Senhora do Monteserat no Rio de Janeiro é alagoano e tem cinquenta anos de idade. Desde 2006 exercia o cargo de Abade no Mosteiro de São Bento, em Olinda.

A abadia carioca encontrava-se vacante desde 11 de agosto de 2010, quando o então Abade Dom Roberto Lopes, pediu renúncia. O abade havia sido nomeado Vigário Episcopal para a Vida Consagrada da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. 

O antigo Abade, Dom Roberto Lopes

Por decisão dos próprios monges a abadia ficou vacante, e foi sendo governada pelo monge prior, Dom Henrique Coelho. Porém, dois anos são o limite previsto pela legislação canônica para a eleição de um novo abade.

Fachada do Mosteiro de São Bento no Rio de Janeiro

Por ser uma transferência de abadia, o que é raro, talvez não aja bênção abacial, como é comum no início do exercício de um Abade. E por tal motivo, foi que o Cardeal Aviz, tendo analisando os fatos e circunstâncias concedeu autorização expressa de sua congregação.
A posse canônica do novo abade ainda não foi definida, mas, possivelmente será no próximo mês.

Rezemos pelo novo Abade, e por seu Mosteiro de São Bento!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Bento XVI nomeia Bispos para o Brasil

Por Seminarista Ânderson Barcelos Martins
Com informações da CNBB

Nesta manha, 07 de novembro, a Nunciatura Apostólica no Brasil anunciou que o Santo Padre Bento XVI decidiu por bem nomear novos Bispos para as Diocese de Paracatu, em Minas Gerais e Patos, na Paraíba. 


Para a diocese mineira de Paracatu, o papa nomeou o Sacramentino Dom Jorge Alves de Bezerra, até o momento Bispo Diocesano de Jardim, no Mato Grosso do Sul. 



Dom Bezerra nasceu no dia 23 de abril em 1955, em São João do Meriti (RJ). Cursou filosofia na Universidade Estadual do ceará e Teologia no Instituto Teológico São Paulo (ITESP). Em Roma, fez sua especialização em teologia Moral na Academia Alfonianum. Ao ser nomeado, era Mestre dos Noviços para a América Latina dos Sacramentos.

O bispo exerceu diversas atividades antes do episcopado. Entre 1986 e 1996, foi pároco da paróquia “São Benedito”, na Arquidiocese de Fortaleza (CE); foi, também, vigário paroquial da Catedral da “Boa Viagem”, na arquidiocese de Belo Horizonte (MG), entre outras. No campo acadêmico atuou lecionando Teologia Moral no Curso Seminarístico de Teologia. Seu lema é: “Totus dei” (todo de Deus).

O Bispo Eleito de Patos na Paraíba, é  Monsenhor Eraldo Bispo da silva, do clero de Barreias (PB), até o momento era Vigário Geral desta diocese. 

quinta-feira, 1 de novembro de 2012


Bento XVI e os 500 anos da Capela Sistina

Bento XVI usando uma estola de Pio XII


Bento XVI presidiu as Primeiras Vésperas da Solenidade de Todos os Santos, nesta quarta-feira, no Vaticano, no âmbito do 5° centenário da Capela Sistina.
Inaugurada em 31 de outubro de 1512 pelo Papa Júlio II, após 4 exaustivos anos de trabalho de Michelangelo Buonarroti, a Capela Sistina provocou um grande impacto na história das artes com seus afrescos que ocupam uma área superior a mil metros quadrados, mudando radicalmente a arte na Itália e na Europa.
"Porque recordar este acontecimento histórico e artístico numa celebração litúrgica? Primeiramente, porque a Capela Sistina é, por sua natureza, uma sala litúrgica, é a Capela Magna da Residência Apostólica do Vaticano. Além disso, porque as obras de arte que a decoram, especialmente os afrescos, encontram na liturgia seu ambiente vital, o contexto em que expressam melhor toda a sua beleza, a riqueza e importância de seu significado" – frisou o Papa em sua homilia proferida na Capela Sistina aos participantes das vésperas.
"É como se, durante a ação litúrgica, toda esta sinfonia de figuras se tornasse viva, no sentido certamente espiritual, mas também inseparavelmente estético, porque a percepção da forma artística é um ato tipicamente humano e, como tal, envolve os sentidos e o espírito. Em poucas palavras, a Capela Sistina, contemplada em oração é ainda mais bonita, mais autêntica, e se revela em toda a sua riqueza. Aqui tudo vive, tudo ressoa em contato com a Palavra de Deus" – sublinhou ainda o pontífice.
Falando sobre o afresco da Criação do Homem, Bento XVI destacou que o grande artista desenhou o Deus Criador, a sua ação e seu poder com uma intensidade de expressão única para dizer claramente que "o mundo não é o produto das trevas, do caos, do absurdo, mas deriva de uma Inteligência, de uma Liberdade, de um supremo ato de amor".
"No encontro entre o dedo de Deus e do homem, vemos o contato entre o céu e a terra (Liturgia?). Em Adão, Deus entra numa nova relação com a sua criação, o homem está em contato direto com Ele, é chamado por Ele, é a imagem e semelhança de Deus" – disse ainda o Papa.
"Rezar esta noite na Capela Sistina, envolvidos pela história do caminho de Deus com o homem, representada nos afrescos que nos circundam, é um convite a louvar a Deus, Criador, Redentor e Juiz dos vivos e dos mortos, junto com todos os Santos do Céu" – concluiu o Papa.
[grifos nossos]


Fonte: http://www.news.va/pt/news/papa-na-capela-sistina-tudo-ressoa-em-contato-com

Catequese de Bento XVI - A Fé da Igreja

Pintura de Sua Santidade o Papa Bento XVI
Queridos irmãos e irmãs,

Continuamos no nosso caminho de meditação sobre a fé católica. Na semana passada mostrei como a fé é um dom, porque Deus que toma a iniciativa e vem ao nosso encontro; e assim a fé é uma resposta com a qual nós O acolhemos como fundamento estável da nossa vida. É um dom que transforma a existência, porque nos faz entrar na mesma visão de Jesus, o qual opera em nós e nos abre ao amor através de Deus e dos outros.

Hoje gostaria de dar um outro passo na nossa reflexão, partindo, uma vez mais, de algumas perguntas: a fé tem um caráter somente pessoal, individual? Interessa somente a minha pessoa? Vivo a minha fé sozinho? Certo, o ato de fé é um ato eminentemente pessoal, que vem do íntimo mais profundo e que sinaliza uma troca de direções, uma conversão pessoal: é a minha existência que recebe um ponto de viragem, uma orientação nova. Na Liturgia do Batismo, no momento das promessas, o celebrante pede para manifestar a fé católica e formula três perguntas: crês em Deus Pai onipotente? Crês em Jesus Cristo seu único Filho? Crês no Espírito Santo? Antigamente, estas perguntas eram voltadas pessoalmente àqueles quem iam receber o Batismo, antes que se imergisse por três vezes na água. E também hoje a resposta está no singular: Creio. Mas este meu crer não é resultado de uma reflexão minha, solitária, não é o produto de um pensamento meu, mas é fruto de uma relação, de um diálogo, no qual tem um escutar, um receber e um responder; é o comunicar com Jesus que me faz sair do meu “eu” fechado em mim mesmo para abrir-me ao amor de Deus Pai. É como um renascimento no qual me descubro unido não somente a Jesus, mas também a todos aqueles que caminharam e caminham na mesma via; e este novo nascimento, que inicia com o Batismo, continua por todo o percurso da existência. Não posso construir a minha fé pessoal em um diálogo privado com Jesus, porque a fé é doada a mim por Deus através de uma comunidade crente que é a Igreja e me insere assim na multidão dos crentes em uma comunhão que não é só social, mas enraizada no amor eterno de Deus, que em Si mesmo é comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo, é Amor trinitário. A nossa fé é verdadeiramente pessoal, somente se é também comunitária: pode ser a minha fé somente se vive e se move no “nós” da Igreja, só se é a nossa fé, a fé comum da única Igreja.

Aos domingos, na Santa Missa, recitando o “Credo”, nós nos expressamos em primeira pessoa, mas confessamos comunitariamente a única fé da Igreja. Aquele “credo” pronunciado singularmente nos une àquele de um imenso coro no tempo e no espaço, no qual cada um contribui, por assim dizer, a uma polifonia harmoniosa na fé. O Catecismo da Igreja Católica resume claramente assim: “‘Crer’ é um ato eclesial. A fé da Igreja antecede, gera, apoia e nutre a nossa fé. A Igreja é Mãe de todos os crentes. ‘Ninguém pode dizer ter Deus como Pai se não tem a Igreja como Mãe’ [são Cipriano]” (n. 181). Também a fé nasce na Igreja, conduz a essa e vive nessa. É importante recordar isso.

No início da aventura cristã, quando o Espírito Santo desce com poder sobre os discípulos, no dia de Pentecoste – como narram os Atos dos Apóstolos (cfr 2, 1-13) – a Igreja nascente recebe a força para atuar na missão confiada pelo Senhor Ressuscitado: difundir em cada lugar da terra o Evangelho, a boa notícia do Reino de Deus, e conduzir, assim, cada homem ao encontro com Ele, à fé que salva. Os Apóstolos superam todo o medo ao proclamar isso que tinha ouvido, visto e experimentado na pessoa de Jesus. Pelo poder do Espírito Santo, começam a falar em línguas novas, anunciando abertamente o mistério do qual foram testemunhas. Nos Atos dos Apóstolos nos vem dito o grande discurso que Pedro pronuncia propriamente no dia de Pentecoste. Ele parte de uma passagem do profeta Joel (3, 1-5), referindo-se a Jesus, e proclamando o núcleo central da fé cristã: Ele que tinha beneficiado todos, que tinha sido creditado por Deus com milagres e grandes sinais, foi crucificado e morto, mas Deus o ressuscitou dos mortos, constituindo-lhe Senhor e Cristo. Com Ele entramos na salvação definitiva anunciada pelos profetas e quem invocar o seu nome será salvo (cfr At 2,17-24). Ouvindo estas palavras de Pedro, muitos se sentem pessoalmente desafiados, se arrependem de seus pecados e são batizados recebendo o dom do Espírito Santo (cfr At 2, 37-41). Assim começa o caminho da Igreja, comunidade que leva este anúncio no tempo e no espaço, comunidade que é o Povo de Deus fundado na nova aliança graças ao sangue de Cristo e cujos membros não pertencem a um determinado grupo social ou étnico, mas são homens e mulheres provenientes de cada nação e cultura. É um povo “católico”, que fala línguas novas, universalmente aberto a acolher todos, além de todos os limites, quebrando todas as barreiras. Diz São Paulo: “Aqui não há grego ou judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre, mas Cristo é tudo em todos” (Col 3,11).

A Igreja, portanto, desde o início é o lugar da fé, o lugar da transmissão da fé, o lugar onde, pelo Batismo, se é imerso no Mistério Pascal da Morte e Ressurreição de Cristo, que nos liberta da escravidão do pecado, nos doa a liberdade de filhos e nos introduz da comunhão com o Deus Trinitário. Ao mesmo tempo, estamos imersos na comunhão com os outros irmãos e irmãs de fé, com todo o Corpo de Cristo, retirados do nosso isolamento. O Concílio Ecumênico Vaticano II o recorda: “Deus quis salvar e santificar os homens não individualmente e sem qualquer ligação entre eles, mas quis constituir deles um povo, que o reconhecesse na verdade e fielmente O servisse” (Cost. dogm. Lumen gentium, 9). Ao lembrar a liturgia do Batismo, notamos que, na conclusão das promessas em que expressamos a renúncia ao mal e repetimos “creio” na verdade da fé, o celebrante declara: “Esta é a nossa fé, esta é a fé da Igreja e nós nos glorificamos de professá-la em Cristo Jesus Nosso Senhor”. A fé é virtude teologal, doada por Deus, mas transmitida pela Igreja ao longo da história. O próprio São Paulo, escrevendo aos Coríntios, afirma ter comunicado a eles o Evangelho que por sua vez também ele tinha recebido (cfr 1 Cor 15,3).

Há uma cadeia ininterrupta de vida da Igreja, de anúncio da Palavra de Deus, de celebração dos sacramentos, que vem a nós e que chamamos de Tradição. Isso nos dá a garantia de que aquilo em que acreditamos é a mensagem original de Cristo, pregada pelos apóstolos. O núcleo do anúncio primordial é o evento da morte e ressurreição do Senhor, da qual brota toda a herança da fé. Diz o Concílio: "A pregação apostólica, que está expressa de modo especial nos livros inspirados, devia ser repassada com sucessão contínua até o fim dos tempos" (Constituição dogmática. Dei Verbum, 8). Deste modo, se a Bíblia contém a Palavra de Deus, a Tradição da Igreja a preserva e a transmite com fidelidade, para que os homens de cada época tenham acesso a seus vastos recursos e se enriqueçam com seus tesouros de graça. Assim, a Igreja, "em sua doutrina, em sua vida e em seu culto transmite a todas as gerações tudo o que ela é, tudo em que acredita" (ibid.).

Finalmente, gostaria de salientar que é na comunidade eclesial que a fé pessoal cresce e amadurece. É interessante notar que no Novo Testamento, a palavra "santos" se refere a cristãos como um todo e, certamente, nem todo mundo tinha as qualidades para ser declarado santo pela Igreja. O que se queria indicar, então, por este termo? O fato de que aqueles que viviam a fé no Cristo ressuscitado eram chamados a se tornar um ponto de referência para todos os outros, colocando-os em contato com a Pessoa e a Mensagem de Jesus, que revela o rosto do Deus vivo. E isso vale também para nós: um cristão que se deixa guiar e plasmar pouco a pouco pela fé da Igreja, apesar de suas fraquezas, suas limitações e suas dificuldades, torna-se como uma janela aberta à luz do Deus vivo, que recebe essa luz e a transmite ao mundo. O Beato João Paulo II, na Encíclica Redemptoris missio, afirmava que "a missão renova a Igreja, revigora a fé e a identidade cristã, dá novo entusiasmo e novas motivações. A fé se fortalece se doando. "(n. 2).

A tendência, hoje generalizada, de relegar a fé ao âmbito privado, portanto, contradiz a sua própria natureza. Nós precisamos da Igreja para confirmar a nossa fé e experimentar os dons de Deus: a Sua Palavra, os sacramentos, o apoio da graça e o testemunho do amor. Assim, o nosso "eu" no "nós" da Igreja será capaz de se perceber, ao mesmo tempo, destinatário e protagonista de um evento que o supera: a experiência da comunhão com Deus, que estabelece a comunhão entre as pessoas. Em um mundo em que o individualismo parece regular as relações entre as pessoas, tornando-as sempre mais frágeis, a fé nos chama a ser povo de Deus, a ser Igreja, portadores do amor e da comunhão de Deus para todo gênero humano. (ver Constituição Pastoral. Gaudium et spes, 1). Obrigado por sua atenção.